A ESCRITA INVENTADA EM CONTEXTOS DE PRODUÇÃO COM E SEM MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

Autores

  • Sara Mourão Monteiro UFMG
  • Daniela Freitas Brito Montuani UFMG
  • Andressa Camargos Macêdo UFMG

DOI:

https://doi.org/10.47249/rba.2019.v1.342

Palavras-chave:

Alfabetização. Escrita Inventada. Mediação Pedagógica

Resumo

O objetivo do presente artigo é identificar e analisar as hipóteses de um grupo de 4 crianças com quatro anos de idade, de uma escola pública de educação infantil, sobre o sistema de escrita alfabética, considerando as produções1 realizadas nas avaliações diagnósticas e nos encontros coletivos do Programa Escrita Inventada. As escritas ocorreram em duas situações: individual sem mediação e coletiva com mediação. Com base na metodologia de pesquisa de intervenção, concluiu-se que as escritas produzidas coletivamente e com mediação pedagógica revelam hipóteses mais avançadas em relação às escritas produzidas individualmente, considerando os estágios descritos na teoria da psicogênese da língua escrita das crianças (FERREIRO; TEBEROSKY, 1984).

Referências

ALBUQUERQUE, Ana; SALVADOR, Liliana; MARTINS, Margarida Alves. A evolução da escrita inventada e a aquisição precoce da leitura em crianças de idade pré-escolar: o impacto de um programa de intervenção de escrita inventada. Libro de Actas do IX Congreso Internacional Galego-Portugues de Psicopedagoxia, Coruña, 2011.

CHOMSKY, Carol. Creativity and innovation in child language. Journal of Education, Boston, v. 158, n. 2, p. 12-24, 1976.

DAMIANI, Magda Floriana; ROCHEFORT, Renato Siqueira; CASTRO; Rafael Fonseca de; DARIZ, Marion Rodrigues; PINHEIRO, Silvia Siqueira. Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos de Educação, Pelotas, n. 45, p. 57-67, 2013.

FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Tradução: Diana Myriam Lichtenstein e Mário Corso. Porto Alegre: Artmed, [1984], 1999.

FRITH, Uta. Beneath the surface of developmental dyslexia. In: PATTERSON, K.; MARSHALL, J.; COLTHEART, M. (eds.). Surface dyslexia: Neuropsychological and cognitive studies of phonological reading. London: Lawrence Erlbaum, 1985.

HORTA, Inês de Vasconcelos; MARTINS, Margarida Alves. Desenvolvimento de competências no pré-escolar: A importância das práticas de escrita inventada. Revista da Associação Portuguesa de Psicologia, Lisboa, v. 28, n. 1, p. 39-49, 2014.

MAIA, Cláudia; MARTINS, Margarida Alves. Impacto de dois programas de intervenção na escrita e na leitura. Atas do XII Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga, 2013.

MARTINS, Margarida Alves. A representação da palavra escrita em crianças de idade pré- escolar. Análise Psicológica, Lisboa, v. 1-2-3, p. 415-422, 1989.

MARTINS, Margarida Alves; SILVA, Ana Cristina. Os nomes das letras e a fonetização da escrita. Análise Psicológica, Lisboa, v. 17, n. 1, p. 49-63, 1999.

MARTINS, Margarida Alves; SILVA, Ana Cristina; LOURENÇO, Carla. O impacto de programas de escrita inventada na evolução das escritas inventadas em crianças em idade pré-escolar. Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopegagogia, Braga, 2009.

MARTINS, Margarida Alves; LOURENÇO, Carla. Evolução da Linguagem Escrita no Pré- Escolar. Actas do VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia. Braga, 2010.

MARTINS, Margarida Alves; ALBUQUERQUE, Ana; SALVADOR, Liliana; SILVA, Cristina. Escrita Inventada e Aquisição da Leitura em Crianças de Idade Pré-escolar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 31, n. 2, p. 137-144, 2015.

MOOJEN, Sônia. Confias: Consciência fonológica: instrumento de avaliação sequencial. São Paulo: Pearson Clinical Brasil, 2015.

MORAIS, Artur Gomes de. Se a escrita alfabética é um sistema notacional (e não um código), que implicações isto tem para a alfabetização? In: MORAIS, A.; ALBUQUERQUE, E.; LEAL, T. Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte, Editora Autêntica, 2005.

MORAIS, Artur Gomes de. O desenvolvimento da consciência fonológica e a apropriação da escrita alfabética entre crianças brasileiras. Revista Brasileira de Alfabetização, Vitória, v. 1, n. 1, p. 59-76, 2015.

OUELLETTE, Gene P.; SÉNÉCHAL, Monique. A window into early literacy: exploring the cognitive and linguistic underpinnings of invented spelling. Scientific Studies of Reading, v. 12, p. 195-219, 2008.

PROENÇA, Margarida Cid; REIS, Andreia da Silva; MARTINS, Margarida Alves. Programas de escrita inventada desenvolvidos com crianças do pré-escolar. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, Coruña, v. Extr., n. 9, p. 29-33, 2015.

REIS, Andreia da Silva; PROENÇA, Margarida Cid; MARTINS, Margarida Alves. Relação entre o nível conceptual de escrita, o conhecimento das letras e a consciência silábica e fonémica em crianças de idade pré-escolar. XIII Colóquio Internacional Psicologia e Educação, Lisboa, p. 284-298, 2015.

ROCHA, Marisa Lopes da; AGUIAR, Katia Faria de. Pesquisa-intervenção e a produção de novas análises. Psicologia ciência e profissão, Brasília, v. 23, n. 4, p. 64-73, 2003.

SEYMOUR, P. H. K. O desenvolvimento inicial da leitura em ortografias europeias. In: SNOWLING, M. J.; HULME, C. (Orgs.). A Ciência da leitura. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 314-333.

SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. Belo Horizonte: Contexto, 2016.

SPINILLO, Alina Galvão; LAUTERT, Síntria Labres. Pesquisa-intervenção em psicologia do desenvolvimento cognitivo: Princípios metodológicos, contribuição teórica e aplicada. In: CASTRO, Lucia Rabello; BESSET, Vera Lopes. (orgs.), Pesquisa-intervenção na infância e juventude. Rio de Janeiro: NAU, 2009.

Downloads

Publicado

2020-03-24

Como Citar

Monteiro, S. M., Montuani, D. F. B., & Macêdo, A. C. (2020). A ESCRITA INVENTADA EM CONTEXTOS DE PRODUÇÃO COM E SEM MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA. Revista Brasileira De Alfabetização, 1(9). https://doi.org/10.47249/rba.2019.v1.342

Edição

Seção

TEMA LIVRE