DA PÁGINA À TELA: APONTAMENTOS SOBRE A LEITURA DA LITERATURA INFANTIL NA CULTURA DIGITAL

Autores

  • Giselly Lima

DOI:

https://doi.org/10.47249/rba.2018.v1.299

Palavras-chave:

Literatura infantil digital. Cultura digital. Leitura literária. Educação literária.

Resumo

O artigo explora teoricamente as implicações imediatas da transposição da leitura literária no papel para o meio digital, no que tange à constituição de um projeto de educação literária desde a infância, a partir do que a autora e outros pesquisadores que estabelecem uma intersecção entre literatura infantil, cultura digital e educação literária (Lévy, Bauman, Yokota e Teale, Prieto entre outros) problematizam sobre essa questão. Para tanto, busca destacar aproximações e distanciamentos quanto a aspectos de ordem textual, educativa e recepcional envolvidos na transição do analógico para o digital na literatura infantil, visando contribuir para o mapeamento dos desafios e das potencialidades que se vislumbram, na contemporaneidade, quanto à formação do leitor literário.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

AGÊNCIA DE EXECUÇÃO RELATIVA À EDUCAÇÃO, AO AUDIOVISUAL E À CULTURA (EACEA), Ensino da leitura na Europa: contextos, políticas e práticas. Lisboa, 2011.

ALMEIDA, M. E. B. Letramento digital e hipertexto: contribuições à educação. In: PELLANDA, N; SCHLUNZEN, E.; SCHLUNZEN, K. (Orgs.). Inclusão digital: Tecendo Redes Afetivas/Cognitivas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005, 376 p.

BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998, 272p.

BUZATO, M. E. K.. Letramento e inclusão: do estado-nação à era das TIC. DELTA. Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada (PUCSP. Impresso), v. 25, p. 01-38, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502009000100001&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 08 jan. 2019.

CANCLINI, N. G. Leitores, espectadores e Internautas. São Paulo: Iluminuras, 2008.

CANCLINI, N. G. Culturas Híbridas. São Paulo: Edusp, 2013, 94p.

CHARTIER, R. A aventura do livro: do Leitor ao Navegador. São Paulo: Fundação Editora UNESP, 1998. 159p.

COELHO, N. N. Literatura: arte, conhecimento e vida. Belo Horizonte: Peirópolis, 2000. 168p.

COLL, C; MAURI, T. e ONRUBIA, J. A incorporação das tecnologias da informação e da comunicação na educação: do projeto técnico-pedagógico às práticas de uso. In: COLL, Cesar; MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010. 366p.

COLOMER, T. Andar entre libros. México. FCE, 2005. 271p.

COLOMER, T. A formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual. São Paulo: Global, 2003. 454p.

COSCARELLI, C. V. Os dons do hipertexto. Littera: Lingüística e literatura. Pedro Leopoldo: Faculdade de Ciências Humanas de Pedro Leopoldo, v. 4, n. 4, p. 7-19, jul./dez. 2006.

COSCARELLI, C. V; CAFIERO, D; DIAS, M. Um olhar sobre o processo hipertextual da leitura no gênero propaganda. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE HIPERTEXTO, 1, Recife, UFPE, outubro de 2005. Anais […]. Recife: 2005. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/carlacoscarelli/publicacoes/RecifeCampariMarc.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Editora Contexto, 2009. 144p.

DESTEFANO, D: LEFEVRE, J.A. Cognitive load in hypertext reading: A review. Computers in Human Behavior, Otawa, v. 23, n. 3, p. 1616–1641, 2007. Disponível em: https://benjaminvw.files.wordpress.com/2009/01/destefano.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

HERRENSCHMIDT, Clarisse. O todo, o enigma e a ilusão. In: BOTTERÓ, Jean. et al. Cultura, pensamento e escrita. São Paulo: Ed. Ática, 1995. 200 p.

KIRCHOF, E. R. Identidades de leitor na era digital: o ciberleitor infantojuvenil. Disponível. In: REUNIÃO DA ANPED, 33, Caxambu, 2010. Anais eletrônicos […]. 2010. Disponível em: http://33reuniao.anped.org.br/33encontro/app/webroot/files/file/Trabalhos%20em%20PDF/GT10-6197--Int.docx.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

KIRCHOF, E. Literatura digital para crianças. In: FRADE, I. C. A.; COSTA VAL, M. G.; BREGUNCI, M. G. C. (Orgs.) Glossário Ceale: termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2014. Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale. Acesso em: 08 jan. 2019.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. São Paulo: Editora 34, 1993.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 172 p.

LÉVY, P. O que é virtual. São Paulo: Editora 34, 1996. 157 p.

LEMOS, André. Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea. 2a. Ed., Porto Alegre: Sulina, 2004. 296 p.

MARGALLO, A. M.; MARÍN, C. H. Ipads em família. In: SIMPÓSIO LITERATURA EN PANTALLAS: TEXTO LECTORES Y PRACTICAS DOCENTES. Barcelona, 2014. Anais […]. Barcelona: 2014. Disponível em: http://www.gretel.cat/wp-content/uploads/2016/05/2014_Actas-del-Simposio-internacional-La-literatura-en-pantalla-textos-lectores-y-pr%C3%A1cticas-docentes.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

MARUCCI, Q.; NOLASCO, E. C. A literatura digital: restará alguma coisa de nossos amores? Raído, Dourados, MS, v. 4, n. 7, jan./ jun. 2010.

MARTINS, A. A. et al. (Org.) Livros e telas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. 261 p.

MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. Tradução de Décio Pignatari. 4. ed. São Paulo: Cultrix, 1974.

MORAES, G. L. Trilha sonora de aplicativos de literatura para crianças e educação literária. 241f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

OLIVEIRA, M. M. C. Alfabetização visual: uma abordagem arte-educativa para a contemporaneidade. Estudos Semióticos,v. 5, n. 1, São Paulo, julho de 2009. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es/. Acesso em: 08 jan. 2019.

PRIETO. L. R. Esto no va de libros. Tese (Doutorado em Didática da Língua e da Literatura). Faculdade das Ciências em Educação da Universidade Autônoma de Barcelona, Barcelona, 2017.

PRIETO. L. R. Cariño tenemos que hablar: Ficción infantil y juvenil y su mediación. Revista Peonza, Cantambria, n. 126, p. 7-15, out. 2018.

ROJO, R; MOURA, E. (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. 264p.

SANTAELLA, L. Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004. 192 p.

SMITH, P. Metamorphabet. Nova York: Vectorpark, 2015.

NEW LONDON GROUP. Multiliteracies: Literacy learning and the design of social futures. Londres: Routledge, 2000.

TURRION, C. Multimedia book apps in a contemporary culture: commerce and innovation, continuity and rupture. Nordic Journal of ChildLit Aesthetics. v. 5. 2014. Disponível em: http://www.childlitaesthetics.net/index.php/blft/article/view/24426. Acesso em: 08 jan. 2019.

UNSWORTH, L. E-literature for children: enhancing digital literacy learning. Londres: Routlegde, 2006. 174 p.

WALSH, M. Pedagogic Potentials of Multimodal Literacy. In: Handbook of Research on New Media Literacy at the K-12. Hershey: IGI Global, 2009. Disponível em: http://www.acu.edu.au/__data/assets/pdf_file/0007/195676/Chapter_3_Multimodal_Literacy_M_Walsh.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

WALSH, M. Multimodal Literacy: what does it mean for classroom practice? Australian Journal of language and literacy. Jan. 2010. Acesso em: 05 dez. 2018.

YOKOTA, J.; TEALE, W. H. Picture books and the digital world: Educators making informed choices. The Reading Teacher, v. 67, pp. 557-585, 2014. Disponível em: http://www.readinghalloffame.org/sites/default/files/yokota__teale-rt_may_2014.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

Downloads

Publicado

2019-07-02

Como Citar

Lima, G. (2019). DA PÁGINA À TELA: APONTAMENTOS SOBRE A LEITURA DA LITERATURA INFANTIL NA CULTURA DIGITAL. Revista Brasileira De Alfabetização, 1(8). https://doi.org/10.47249/rba.2018.v1.299

Edição

n. 8 (2018)

Seção

DOSSIÊ “CULTURA ESCRITA DIGITAL E ALFABETIZAÇÃO”

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Recebido em 2019-07-02
Aceito em 2019-07-02
Publicado em 2019-07-02