A MULTIMODALIDADE EM PRÁTICAS DE LETRAMENTOS COM GÊNERO CANTIGA

ENTRE O IMPRESSO E O DIGITAL

Authors

  • Helaine Cristina Amaro Calixto Prefeitura Municipal de Nepomuceno
  • Ilsa do Carmo Vieira Goulart Universidade Federal de Lavras
  • Giovanna Rodrigues Cabral Universidade Federal de Lavras
  • Ellen Maira Alcântara Laudares Universidade do Estado de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.47249/rba2020459

Keywords:

Multimodalidade, Multiletramentos, Sequência Didática

Abstract

O texto objetiva analisar os efeitos de práticas com textos impressos e digitais no processo de aquisição da escrita e a relação com a multimodalidade textual. Optou-se pela pesquisa de campo, a partir da aplicação de atividades com crianças do 3. ano do Ensino Fundamental. A pesquisa apoia-se nos estudos de Dolz e Schneuwly no campo da sequência didática, Marcushi sobre os gêneros escolares, Street, Barton e Hamilton e Soares que exploram os letramentos como fenômenos sociais, Rojo que amplia os estudos sobre os multiletramentos, Coscarelli sobre o letramento digital. Como efeitos da multimodalidade textual tem-se a ampliação do léxico, a interação entre as crianças e o processo de ensino e aprendizagem. Destaca-se que a questão do letramento escolar como forma institucionalizada de ensino e que o conhecimento do gênero textual que perpassa por questões dos multiletramentos.

Metrics

Metrics Loading ...

References

BARBOSA, José Juvencio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1994.

BARBOSA, Maria Fernanda Moreira. A emergência de novos gêneros textuais na era digital. E-scrita. Revista do

Curso de Letras da Uniabeu, Nilópolís, RJ, v. 3, n. 1B, p.148-170, 2012. Disponível em: https://revista.uniabeu.

edu.br/index.php/RE/article/view/289/pdf_183 . Acesso em: 21 maio 2019.

BARTON, David; HAMILTON, Mary. La literacidad entendida como práctica social. In: ZAVALA, V.; NIÑOMURCIA,

M.; AMES, P. (Ed.). Escritura y sociedad: nuevas perspectivas teóricas y etnográficas. Lima: Red para

el desarrollo de las ciencias sociales en el Peru, 2004. p. 109-139.

BATISTA, Antônio Augusto Gomes, ET al. PRO-LETRAMENTO: Programa de Formação Continuada de Professores

dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental - Alfabetização Linguagem. Brasília: MEC/ Secretaria de

Educação Básica, p.3-60, 2008.

BEVILAQUA, Raquel. Novos estudos do letramento e multiletramentos: divergências e confluências. Revista

Virtual de Letras, Jataí, v. 5, p. 99-114, 2013. Disponível em: http://www.revlet.com.br/artigos/175.pdf Acesso

em: 20 de jul. de 2019.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. (Org.). Pesquisa participante. 18. ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.

gov.br / Acesso em: 20 de julho 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA Política Nacional de Alfabetização. Secretaria

de Alfabetização. Brasília: MEC, SEALF, 2019. 54p.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria

de Educação Fundamental. Brasília:1998.144p.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística. São Paulo: Scipione, 2003.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 10. Ed. São Paulo: Editora Global, 2001.

SANTOS, Carmi Ferraz; MENDONÇA, Marcia; CAVALCANTE, Marianne C. B. Trabalhar com texto é trabalhar

com gênero? In: SANTOS, Carmi Ferraz; MENDONÇA, Marcia; CAVALCANTE, Marianne C. B. (Org.). Diversidade

textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p.27-43.

COSCARELLI, Carla; RIBEIRO, Ana Elisa. (Orgs.). Letramento digital – Aspectos sociais e possibilidades

pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

COSTA, Nelson Barros da. As letras e a letra: o gênero canção na mídia literária. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva;

MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro:

Editora Lucerna, 2002, cap. 8.

CRISTOVÃO, Vera Lúcia Lopes. Gêneros e ensino de leitura em LE: os modelos didáticos de gêneros na

construção e avaliação de material didático. 2001. Tese (Doutorado Linguística Aplicada e Estudos da

Linguagem) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Disponível em: <http://lael.pucsp.br/

lael/teses/index.html>. Acesso em: 10 abril 2019.

CRISTOVÃO, Vera Lúcia Lopes. Sequências Didáticas para o Ensino de Línguas. In: DIAS, R.; CRISTOVÃO, V.

L. L. (Org.) O livro didático de língua estrangeira, múltiplas escolhas. São Paulo: Mercado das Letras, 2009.

DOLZ Joaquim; NOVERRAZ; Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem

aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, nº11, p.5-16, maio-ago. 1999.

FERREIRO, Emília. A representação da linguagem e o processo de representação. Revista Cadernos de

Pesquisa. São Paulo, n.52, p.7-17, set. 1985

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Trad. de Diana M. Linchestein et al. Porte

Alegre: Artes Médicas, 1985.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1975.

FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia. 33.ed. São Paulo: Paz e Terra; 1996.

GAJARDO, Marcela. Pesquisa participante na América Latina. Trad. de Tania Pellegrini. São Paulo: Brasiliense, 1986

GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto na sala de aula. 4. ed. São Paulo, SP: Ática, 2006. 136 p.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GOULART, Cecília Maria A. Uma abordagem bakhtiniana da noção de letramento: contribuições para a pesquisa

e para a prática pedagógica. In: FREITAS, Maria Teresa; SOUZA, Solange J.; KRAMER, Sonia. (Orgs.) Ciências

Humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2003.

GOULART, Ilsa do Carmo Vieira. Pensamento e linguagem I: guia de estudos. Lavras: UFLA, 2015.

JUNG, Neiva Maria. Identidades sociais na escola: gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em

uma comunidade rural multilíngue. 2003. 309f. Tese (Doutorado em Letras)-Universidade Federal do Rio Grande

do Sul, Porto Alegre, 2003.

KLEIMAN, Angela. Ação e mudança na sala de aula: uma pesquisa sobre letramento e interação. In: ROJO, R.

(Org.). Alfabetização e letramento: perspectivas linguísticas. Campinas: Mercado de Letras, 1998, p. 173-203.

KLEIMAN, Angela. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, Angela. (Org.).

Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de

Letras, 1995, p. 15-61.

LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, Editora

Pedagógica e Universitária, 1986.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de

Janeiro: Lucena, 2003. Disponível em ttps://e disciplinas.usp.br/pluginfile.php/133018/mod_resource/content/3/

Art_Marcuschi_Gêneros_textuais_definições_funcionalidade.pdf. Acesso em: 03 ago. 2019.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial,

296 p.

MEC. MEC anuncia Política Nacional de Alfabetização para reverter estagnação na aprendizagem. Disponível

em http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/36188 Acesso em: 16 jun. 2019.

PEREIRA, Vinícius Carvalho; MACIEL, Cristiano. Twitteratura: aproximando letramento literário e letramento

digital. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, São Paulo,

n. 18, jul. 2017. Disponível: http://dx.doi.org/10.23925/1983-4373.2017i18p60-77 Acesso: 20 jun. 2019.

PRENSKY, M. From digital nativesto digital wisdom: hopefulessays for 21st. Century learning. Thousand Oaks:

Corwin, 2012.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico]: métodos e

técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

RODRIGUES, Rosângela Hammes. Análise de gêneros do discurso na teoria Bakhtiniana: algumas questões

teóricas e metodológicas. Disponível em: http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/linguagemem-

discurso /0402/040208.pdf . Acesso feito em 22 de maio de 2019

SAMPIEIRI, Roberto Hernandez; FERNÁNDEZ-COLLADO, Carlos; PILAR, Maria B. L. Metodologia de Pesquisa.

[Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565848367 Acesso em:

maio 2019.

SANTOS, Flávio Renato dos. Alfabetização e letramento: a cultura escrita de alunos que iniciam o ensino

fundamental II. 2015. 112 p. Trabalho de conclusão de curso (licenciatura - Pedagogia) - Universidade Estadual

Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/136616 Acesso

em: 26 maio 2019.

SANTOS, Flávio Renato. A escrita de gêneros textuais por alunos do ensino fundamental. Disponível em: https://

repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/157237/santos_fr_me_rcla.pdf?sequence=3&isAllowed=y Acesso

em: 16 maio 2019.

SOARES, Magda Becker; BATISTA, Antônio Augusto Gomes. Alfabetização e letramento: caderno do professor.

Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. 64 p.

SOARES, Magda Becker. Por que a alfabetização no Brasil é falha? Disponível em: https://www.nexojornal.com.

br/entrevista/2017/12/11/Por-que-a alfabetiza%C3%A7%C3%A3o-no-Brasil-%C3%A9-falha-Esta-professoraresponde

Acesso em: 15 junho 2019.

SOARES, Magda Becker. Letramento: um tema em três gêneros. 3ª ed. Belo Horizonte. Autêntica Editora, 2017.

STREET, Brian V. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e

na educação. Trad.: Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2014. 240p.

TAPSCOTT, Don. A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando

tudo, das empresas aos governos. (tradução de Marcelo Lino). Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010.

TFOUNI, Leda V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1999

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1985.

TÔRRES, Maria Emília Almeida da Cruz. A leitura do professor em formação: o processo de engajamento em

práticas ideológicas de letramento. Campinas, SP: [s.n.], 2009. 212 p.

XAVIER, Antônio Carlos dos Santos. Hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação

digital I. Campinas, SP: (s.n.), 2002. Disponível em http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/269080/1/

Xavier_AntonioCarlosdosSantos_D.pdf Acesso em: 26 out. 2019.

ZIMMER. Rosa; Denise Raquel; Douglas Corrêa da. As relações dialógicas na constituição do gênero discursivo

propaganda. Disponível em http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/download/12661/8795

Acesso em: 18 maio 2019.

Published

2020-12-03

How to Cite

Calixto, H. C. A. ., Goulart, I. do C. V. ., Cabral, G. R. ., & Laudares, E. M. A. . (2020). A MULTIMODALIDADE EM PRÁTICAS DE LETRAMENTOS COM GÊNERO CANTIGA: ENTRE O IMPRESSO E O DIGITAL. Revista Brasileira De Alfabetização, (13), 88–106. https://doi.org/10.47249/rba2020459

Issue

Section

DOSSIÊ
Received 2020-10-21
Accepted 2020-11-02
Published 2020-12-03