NEM LITERACIA, NEM LETRAMENTO, MAS LEITURESCRITA E LESCREVER

Autores

  • Dagoberto Buim Arena Universidade Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Marília - SP

DOI:

https://doi.org/10.47249/rba2020458

Palavras-chave:

Consciência gráfica, Leiturescrita, Lescrever

Resumo

O artigo ensaia alternativas teóricas em relação a documentos oficiais de anos recentes que substituíram o conceito de alfabetização pelos de letramento, de alfabetizar-letrando e de literacia. A análise encontra um princípio nuclear comum nesses documentos, apesar das divergências ideológicas: o de consciência fonológica. O artigo rompe o consenso ao contestar a natureza predominantemente alfabética da escrita e assumir o de consciência gráfica em um mundo digitalizado. Sugere, na esteira de estudiosos franceses, lescrever e leiturescrita, conceitos que fundem os atos com a escrita em uma única palavra. Essa ruptura atende aos comportamentos emergentes de crianças poliatentas, usuárias de aplicativos em dispositivos digitais.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

##plugins.generic.paperbuzz.loading##

Biografia Autor

Dagoberto Buim Arena, Universidade Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Marília - SP

Professor Livre Docente do Departamento de Didática e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista - câmpus de Marilia-SP.

Referências

BAJARD, É. O signo gráfico, chave da aprendizagem da escrita. Ensino Em Re-Vista, Uberlândia, MG, v.23, n.1,

p. 201-225, jan./jun. 2016.

BÉLISLE, C. Du papier à l’écran: lire se transforme. In: BÉLISLE, C. (Org.). Lire dans um monde numérique.

Villeurbanne: Presses de l’enssib, 2011.

BOUCHARDON, S. L’écriture numérique ou l’écriture selon les machines. Enjeux philosophiques et pédagogiques.

Communication & langages, n. 191, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.

mec.gov.br/a-base. Acesso em: 20 mar. 2020.

BRASIL. DECRETO Nº 9.765, DE 11 DE ABRIL DE 2019 Institui a Política Nacional de Alfabetização. Disponível

em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Decreto/D9765.htm. Acesso em: 20 mar. 2020.

CAPOVILLA, F. C. (org.) Os novos caminhos da alfabetização infantil. São Paulo: Memnon, 2005.

FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995.

FERREIRO, E. Escrita e oralidade: unidades, níveis de análise e consciência metalinguística. In: FERREIRO, E.

(Orgs.). Relações de interdependência entre oralidade e escrita. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2003.

FOUCAMBERT, J. A criança, o professor e a leitura. Trad. De Marleine Cohen e Carlos Mendes Rosa. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1998.

FREINET, C. O jornal escolar. Lisboa: Estampa, 1976.

KLOCK-FONTANILLE, Repenser l’écriture Pour une grammatologie intégrationnelle. Actes Sémiotiques, n°119,

KRÄMER, S. Entre discursivité et iconicité, un nouveau regard sur les écritures Actes Sémiotiques, n°119, 2016

RICHAUDEAU, F. Des neurones, des mots e des pixels. Reillanne: Atelier Perrousseaux Editeur, 1999.

SOUCHIER, E. Da “lettrure” à tela: ler e escrever sob o olhar das mídias informatizadas Ensino Em Re-Vista, v.22,

n.1, p.211-229, jan./jun. 2015.

SOUCHIER, E. CANDEL, E.; GOMEZ-MEJIA, G. Le numérique comme écriture. Malakoff: Armand Colin, 2019.

VANDRÉ, G. Caminhando. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Pra_não Dizer_que_não_Falei_das_

Flores> Acesso em: 4 abr. 2020.

Publicado

2020-12-03

Como Citar

Arena, D. B. (2020). NEM LITERACIA, NEM LETRAMENTO, MAS LEITURESCRITA E LESCREVER. Revista Brasileira De Alfabetização, (13), 71–87. https://doi.org/10.47249/rba2020458

Edição

Secção

DOSSIÊ
Recebido em 2020-10-21
Aceito em 2020-11-02
Publicado em 2020-12-03