AUTORIA, AUTONOMIA E RESISTÊNCIA NA ADOÇÃO DO MÉTODO FÔNICO E IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ALFA EM MONTES CLAROS (1920- 1970)
DOI:
https://doi.org/10.47249/rba2022568Palavras-chave:
História da Educação; Alfabetização; Projeto Alfa; Método Fônico; Resistência.Resumo
Situado no âmbito da História Cultural o artigo e tem por objetivo mapear representações de professoras sobre o Projeto Alfa e a adoção do método fônico para alfabetização de crianças, discutindo processos de autoria e autonomia, como também de resistência a esta política pública implantada pelo governo mineiro. Referenciadas em Chartier (1990, 2002), tomamos os conceitos de representações, apropriações e práticas como pressuposto teórico. A pesquisa foi realizada com suporte metodológico da História Oral que nos permitiu constatar que, no processo de implementação do Projeto Alfa, as professoras montes-clarenses se viram divididas entre adotar o método fônico para alfabetizar e interpor resistência e demarcar seu lugar de autoria e autonomia.
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Aceito em 2022-02-15
Publicado em 2022-07-05