A AUTORIA NO PROCESSO DIDÁTICO PEDAGÓGICO EM MEIO DIGITAL

A ALFABETIZAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47249/rba2021453

Palavras-chave:

Pandemia, Alfabetização, Autoria, Formação docente

Resumo

O artigo tem como objetivo discutir a questão da autoria docente a partir das ações desenvolvidas durante a pandemia do Coronavírus no âmbito do Projeto de Extensão “A Parceria Escola e Universidade na alfabetização de crianças e na formação de alfabetizadores”. O texto traz relatos de extensionistas sobre suas experiências na produção de materiais audiovisuais para alfabetização, compartilhados com as escolas parceiras. Na análise da proposta, enfatizando o que revelam os relatórios dos extensionistas, destacam-se: 1) Implementação da proposta para um novo enfoque da extensão na pandemia; 2) Autoria e desafio dos extensionistas na produção dos materiais e nas próprias performances; 3) Acolhimento da proposta pela escola. As experiências transcritas aqui, analisadas sob a ótica da autoria, revelam uma prática formativa que caminha para o fortalecimento da autonomia e da liberdade de criação no processo de formação docente.

Biografia do Autor

Rejane Maria de Almeida Amorim, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ). Doutora no programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). Mestre na área de Mídia e Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002), graduada em Pedagogia e Especialista em Educação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Possui experiência na área de Educação como docente na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Atua no Ensino Superior com formação de professores e formação continuada nas áreas de Didática, Ensino da Escrita, Alfabetização. É membro do GRAFE - Grupo de Ações de Ensino, Extensão e Pesquisa Fórum de Ensino da Escrita e coordena a pesquisa intitulada Formação de professores e saberes para o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Luciene Cerdas, UFRJ

Professora do Departamento de Didática da Faculdade de Educação da UFRJ, atuando em disciplinas como Alfabetização e Letramento I e Prática de Ensino das Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Doutora em Educação Escolar pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da UNESP/Araraquara (2012). Mestre em Educação Escolar pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da UNESP/Araraquara (2007). Formada em Pedagogia pela UFPR (2004) e em Jornalismo pela UNESP/Bauru (1998). É membro do Grupo de Ações de Ensino, Extensão e Pesquisa Fórum de Ensino da Escrita (UFRJ), e desenvolve estudos e pesquisas relacionadas à formação de professores, saberes docentes e práticas pedagógicas para o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Referências

ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: buscando rigor e qualidade. Cadernos de Pesquisa, n. 113, p. 51-64, 2001.

BAKHTIN. Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. P. Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.

CASTRO, Marcelo Macedo Corrêa. Autoria e autoridade nas práticas escolares de ensino da escrita. Revista Contemporânea de Educação, Nº11, janeiro/julhode2011, p.129-153.

COLELLO, Silvia Gasparian. Por que a aquisição da língua escrita é transformadora? Revista Internacional d’Humanitats. CEMOrOc-Feusp / Univ. Autònoma de Barcelona. Jan-abr 2020.

FARACO, Carlos Alberto. Autor e autoria. In: BRAIT, Beth (org) Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 15. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.50. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

GOULART, Cecília. Para início de conversa sobre os processos de alfabetização e de pesquisa. In: GOULART, Cecília.; GARCIA, Inez Helena Muniz; CORAIS, Maria Cristina. (org.) Alfabetização e discurso: dilemas e caminhos metodológicos. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2019, p. 13-45.

KRAMER, Sônia. Escrita, experiência e formação – múltiplas possibilidades de criação de escrita. In: Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender- Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (ENDIPE). Rio de Janeiro: DP&A, 2000. P. 105-121.

MORAN, José. A Culpa não é do Online – Contradições na educação evidenciadas pela crise atual. Educação Transformadora, 20 DE JUNHO DE 2020 (online) http://www2.eca.usp.br/moran/?p=1506 – Acesso em 20 de ag. 2020.

ROJO, Roxane Helena R., MOURA, Eduardo. Letramentos, mídias, linguagens. São Paulo: Parábola Editorial, 2019.

ROLDAO, Maria do Céu. Conhecimento, didáctica e compromisso: o triângulo virtuoso de uma profissionalidade em risco. Cad. Pesqui. São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1134-1149, dez,2017. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010015742017000401134&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 24 set. 2020.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

SMOLKA, Ana Luiza B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. 13 ed. São Paulo: Cortez, 2012.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003. (Trabalho original publicado em 1926).

Publicado

2021-07-04

Como Citar

Amorim, R. M. de A., & Cerdas, L. (2021). A AUTORIA NO PROCESSO DIDÁTICO PEDAGÓGICO EM MEIO DIGITAL: A ALFABETIZAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA. Revista Brasileira De Alfabetização, (14), 170-187. https://doi.org/10.47249/rba2021453

Edição

Seção

TEMA LIVRE