A ALFABETIZAÇÃO EM DISCURSO

UMA ANÁLISE DE ENUNCIADOS INSTITUCIONAIS BRASILEIROS

Autores

  • Adriana Ofretorio de Oliveira Martin-Martinez Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.47249/rba2022563

Palavras-chave:

Alfabetização. Enunciado. Sentido. Análise do Discurso

Resumo

Reconhecendo a multiplicidade e os efeitos de sentidos dos discursos sobre a alfabetização nas práticas escolares em instituições brasileiras, o objetivo desse artigo é analisar a relação entre discursos de duas instituições importantes que promovem estudos, diálogos e orientações para a área: a primeira, o discurso do Ministério da Educação (MEC), com seu Novo Plano de Alfabetização (PNA) “Tempo de Aprender” e a segunda, a Associação Brasileia de Alfabetização (ABAlf), com suas manifestações a respeito da nova política de Alfabetização do governo federal. Cada uma dessas instituições ao defender um modo de se alfabetizar (o MEC o método fônico e a ABAlf a pluralidade de métodos) provoca um efeito de sentido, no qual os dois discursos ao mesmo tempo que se diferem se constituem.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

##plugins.generic.paperbuzz.loading##

Referências

ABALF, Associação Brasileira de Alfabetização. Manifestação Pública da Associação Brasileira de Alfabetização (ABALf) e Outras Entidades ao Ministro da Educação. Belo Horizonte, 2019a. Disponível em: https://www.abalf.org.br/posicionamentos. Acesso em: 20 out. 2020.

ABALF, Associação Brasileira de Alfabetização. Carta Aberta do IV Congresso Brasileiro de Alfabetização (IV Conbalf). Belo Horizonte, 2019b. Disponível em: https://www.abalf.org.br/posicionamentos. Acesso em: 20 out. 2020.

ABALF. Posicionamento da ABAlf frente ao Programa de Alfabetização “Tempo de

Aprender”, 2020. Disponível em: https://www.abalf.org.br/posicionamentos. Acesso em: 20 ago. 2020.

ACHARD, Pierre. et al. Papel da memória. Campinas: Pontes, 1999.

Althusser, Louis. Ideologic et appareils ideologiques d'etat (Notes pour une recherche). La Pensee, [S. l.], n. 151, jun. 1970.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília: MEC, SEALF, 2019a. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 20 out 2020.

BRASIL. Decreto nº 9.765, de 11 de abril de 2019. Institui a Política Nacional de Alfabetização. Presidência da República. Casa Civil. 2019b https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/d9765.htm. Acesso em: 20 ago. 2020

COURTINE, Jean-Jaques. O chapéu de Clémentis. Observações sobre a memória e o esquecimento na enunciação do discurso político. In: INDURSKY, Freda; FERREIRA, Maria Cristina Leandro (Orgs.). Os múltiplos territórios da análise do discurso. Porto Alegre: Sagra Luzzalto, 1999, p. 15-22.

COURTINE, Jean-Jaques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Carlos: EdUFSCar, 2014.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do Saber. 7. ed. Trad. Luiza Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

GONTIJO, Claudia Maria Mendes; ANTUNES, Janaína Silva Costa. Diálogos com o Plano Nacional de Alfabetização (2019): contrapalavras. Revista Brasileira de Alfabetização, v. 1, n. 10, 25 mar. 2020. https://doi.org/10.47249/rba.2019.v1.371. Acesso em: 20 ago. 2020.

HENRY, Paul. Os fundamentos teóricos da 'Análise automática do discurso" De Michel Pecheux (1969). In: GADET, Françoise; HAK, Tony (Orgs). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Trad. Bethania S. Mariani et al. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1997. p. 13-38.

MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. 3. ed. Trad. Freda Indursky. Campinas: Pontes - Editores da Universidade Estadual de Campinas, 1997.

MAINGUENEAU, Dominique. Gênese dos Discursos. Trad. Sírio Possenti. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MAINGUENEAU, Dominique. Argumentação e Cenografia. In: BRUNELLI, Anna Flora; MUSSALIM, Fernanda; FONSECA-SILVA, MMaria da Conceição (Orgs.). Língua, texto, sujeito e (inter)discurso. São Carlos: João & Pedro Editores, 2013.

MAINGUENEAU, Dominique. Discurso e Análise do Discurso. Trad. Sírio Possenti. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

MICHAELIS. Eficaz. Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa. Editora

Melhoramentos, 2015. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br. Acesso em: 20 ago. 2020.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. Maio de 1968: os silêncios da memória. In: ACHARD, Pierre et al. Papel da memória. Trad. int. José Horta Nunes. Campinas: Pontes, 1999. p. 59-67.

ORLANDI, Eni. Pulcinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 2. ed. Campinas: Pontes, 2007.

PÊCHEUX, Michel.; FUCHS, Catherine. A propósito da Análise Automática do discurso: atualização e perspectivas (1975). In: GADET, Frances; HAK, Tony (Orgs.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Trad. Bethania S. Mariani et al. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1997. p. 163-252.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso. 5. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014.

POSSENTI, Sírio. Questões para analistas do discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

POSSENTI, Sírio. Notas sobre gênero, uma questão teórica e metodológica. Revista da ABRALIN, [S. l.], v. 11, n. 2, 31 dez. 2012. Disponível em: https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1122. Acesso em: 20 ago. 2020.

Publicado

2022-07-05

Como Citar

Martin-Martinez, A. O. de O. . (2022). A ALFABETIZAÇÃO EM DISCURSO: UMA ANÁLISE DE ENUNCIADOS INSTITUCIONAIS BRASILEIROS. Revista Brasileira De Alfabetização, (17). https://doi.org/10.47249/rba2022563

Edição

Secção

ARTIGOS
Recebido em 2021-10-19
Aceito em 2022-02-15
Publicado em 2022-07-05